sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Quanto a vocês não sei mas eu hei-de encontrar o caminho:

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Não sou assim tão má. Ou não fui. O Juízo Final não me mete medo. Superada a morte, tudo se vê de maneira diferente. E não me refiro apenas à opinião, que é mutável, mas sim ao acto mais simples de observar. O mundo é colorido, o interior do corpo humano, agora sei-o, apenas vermelho. Mas para os fantasmas, ou pelo menos para os que estão em trânsito - é assim que nos chamam -, tudo é cinzento. Isso é algo que aprendi agora. Tive de esperar a morte para o saber. Não me recordo quem me preparou para este momento, mas fê-lo francamente mal. Se pudesse, apareceria diante dele e ditar-lhe-ia um verdadeiro livro sobre a morte. Seria de enorme ajuda para todos aqueles que vierem depois de mim. A verdade é que quando atravessamos alinha, nada é como imaginámos.
Não me resta muito tempo, ou talvez reste. Quem sabe? Sentar-me-ei, comtemplarei os que me olham com os olhos compungidos, os que põe flores na minha tumba, os que a pisam ou que inclusivamente passam ao largo; e esperarei a minha vez,como quem vai ao talho.
Desde aqui, não sei se pela companhia, ou pelo ambiente da catedral, tudo se torna prosaico, desnecessário quase. Até mesmo a própria morte. Gostaria de chorar por mim, sentir pena ao ver-me deitada nesse ataúde de corpo presente, mas seria totalmente falso e não creio que pudesse abonar nada a meu favor. Suponho que o meu destino já está marcado, é apenas uma questão de alguém vir e dizer-me onde ir. Confiar, tudo o que não fiz na vida, nas instâncias ultraterrenas.
Já não posso mudar nada. O meu passado está escrito. Espero apenas que a leitura feita por que tem de decidir seja benigna.
É tudo.

CIFUENTES, Paula - Beatriz de Portugal, a filha bastarda de D. Pedro e D. Inês. Lisboa: Bertrand Editora, 2008.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Como seria se já houvesse ASAE em Londres de 1838?
A senhora Fortune fazia regularmente uma grande panela de ensopado, que ia acrescentando todas as noites. Quando os actores começavam a ficar doentes, então, deitava tudo fora e fazia outra nova.

EWING, Barbara - A Hipnotizadora. s/l.: Publicações Europa-América, 2008. pp. 22

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Inimigos Públicos

Este vale a pena, nem que seja por esta:

domingo, 16 de agosto de 2009

Diferença entre ter peito e ter tomates

Ter peito
é chegar a casa tarde vindo da farra com os amigos ser recebido pela mulher com a vassoura na mão e ter peito de perguntar:
Ainda estás a limpar a casa ou vais voar?

Ter tomates
é chegar a casa tarde vindo da farra com os amigos, a cheirar a perfume barato e cerveja, baton no colarainho, dar uma palmada no rabo da mulher e dizer:
Tu és a próxima, gorducha!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Esta é toda para mim.
(Como se eu me chamasse Carolina)

domingo, 2 de agosto de 2009