Feliz Ano Novo

Todos os anos a minha mãe comprava-me umas cuecas novas para usar na passagem de ano. Sempre achei uma tradição estúpida e um desperdício de dinheiro.
Este ano dei por mim na TK-Maxx a comprar cuecas, lembrei-me que era o último dia do ano e pensei:
«Porque não? Até combinam com os sapatos que vou usar logo!»
Comprei as cuecas e neste momento estão a girar na máquina de lavar, em seguida vão para o radiador do aquecimento para secarem depressa.

Espero que 2010 seja o melhor ano das nossas vidas até agora!
Apesar de estar praticamente certa que amanhã vai ser assim:

Coragem

Adoro gelado no Inverno. E aqui, o Inverno é a sério...está a nevar.
No final do dia comprei um gelado para comer no metro e ao meu lado sentaram-se uns cromos que saíram à caça.
Um corajoso abordou-me, enquanto o resto dos abutres assistia.
-Tens uma colher?
Como tinha os phones postos, retirei-os, pedi-lhe que repetisse e respondi assertivamente:
-Tenho.
-Dás-me um bocado do teu gelado?
-Não. - Respondi. Quem me conhece, pode imaginar a secura desta palavra.
Voltei a pôr os phones.
Só lamento que a embalagem não estivesse vazia. Pois se assim fosse, ter-lha ia dado com todo o gosto.

Para o cromo que me ousou abordar:
A coragem é frequentemente falta de visão, enquanto a covardia, em muitos casos, se baseia em boa informação. (Peter Ustinov)

Uma das melhores camapanhas de prevenção rodoviária que já vi.

"O Autenticador" de William M. Valtos termina assim:

O que me faz suportar estes tempos difíceis é a convicção absoluta e inabalável de que a minha amada Laura me aguarda do outro lado. Pegar-me-à na mão na minha última viagem em direcção à Luz e ficará a meu lado para toda a eternidade.
Porque, se aprendi alguma coisa com estes acontecimentos extraordinários, foi que o amor é uma força com tamanho poder místico que não pode ser extinto com um acontecimento tão mundano como a morte.

Photos The Penthouse Saturday - with SoonNight.com

Photos The Penthouse Saturday - with SoonNight.com

Ida à discoteca, em sapatilhas, jeans e camisa de manga comprida...claro que transpirei como o caraças.
Provavelmente, só me deixaram entrar porque o fotografo é meu colega de trabalho e disse que eu e a Ágata eramos assistentes dele.
Thank you Alex! It was a great night.
Obrigada Ágata. Boa viagem de volta para o Brasil. (Espero que seja breve. hihihi)

Depois de tamanha gripe, voltei ao trabalho mas estou ligeiramente surda.
O mais engraçado é que em inglês não há diferença entre "ser" e "estar", portanto quando digo que estou surda, às vezes recebo um ar de pena...

Aqui em casa vivem dois polacos, uma vietnamita e um casal de húngaros.
Ontem, ouvi isto entre o casal:
-Baby, are you high?
-Just a little.
-Ah! Ok.

Preenchi um formulário online, onde me deram um código para ir buscar, gratuitamente, Tamiflu à farmácia.
Felizmente, o farmaceutico disse que é apenas preventivo...não fosse eu morrer do susto em vez da doença!

Hoje fui mandada para casa porque estou engripada.
Em Portugal, apresentamos atestado médico e ainda duvidam porque o médico pode ser nosso primo.

Hoje fui ao café Lisboa em Portobello.
Uma senhora de idade aproximou-se de mim e disse: Nice tits, honey!
Eu demorei um bocadinho a perceber que ela não estava a falar dos meus dentes (teeth).

Independência de Angola 1975

34 anos de independência...

Portugal

Esta é uma das inúmeras presenças lusas em terras de Sua Majestade.
Por apenas £0,42 é possível adquirir semelhante item produzido em Portugal para uma cadeia de supermercados britânica.

Amigo não é aquele que nos levanta quando caímos, mas sim aquele que dáuma chapada no filho da puta que nos empurrou.

Bar dos Gunas

Afinal, os gunas não se ficam pelos negócios do bairro.
Decidiram expandir o domínio e vieram para terras de Sua Majestade vender aquilo que por aqui mais rende, cerveja, sobretudo em dias de jogo do Arsenal.
Mas como o seu domínio da língua estrangeira é um pouco limitado, surgiu o que aqui se vê.

Speakers' Corner - Hyde Park

Uns malucos que se põem em cima duns bancos e falam para quem os quiser ouvir e discutir.
O prato do dia foram os defensores do islão e um defensor da nacionalização do mercado.

Como abrir um frasco de azeitonas

Depois de alguns minutos, tive mesmo de ir buscar a máquina para registar tamanha odisseia:

Já percebi porque é que as muçulmanas cobrem a cabeça.
É para não levarem guarda-chuva.
Nós adoptamos a ideia...

O meu novo poiso é por aqui:












Hoje esteve assim:














E chegamos a casa pior que ele

Ontem, a nossa Nelinha esteve lindamente, com respostas inteligentes e abrangentes a todas as perguntas.

Só tive pena que o Ricardo Araújo Pereira não a tivesse pedido em casamento em directo. (50seg)

Quanto a vocês não sei mas eu hei-de encontrar o caminho:

Não sou assim tão má. Ou não fui. O Juízo Final não me mete medo. Superada a morte, tudo se vê de maneira diferente. E não me refiro apenas à opinião, que é mutável, mas sim ao acto mais simples de observar. O mundo é colorido, o interior do corpo humano, agora sei-o, apenas vermelho. Mas para os fantasmas, ou pelo menos para os que estão em trânsito - é assim que nos chamam -, tudo é cinzento. Isso é algo que aprendi agora. Tive de esperar a morte para o saber. Não me recordo quem me preparou para este momento, mas fê-lo francamente mal. Se pudesse, apareceria diante dele e ditar-lhe-ia um verdadeiro livro sobre a morte. Seria de enorme ajuda para todos aqueles que vierem depois de mim. A verdade é que quando atravessamos alinha, nada é como imaginámos.
Não me resta muito tempo, ou talvez reste. Quem sabe? Sentar-me-ei, comtemplarei os que me olham com os olhos compungidos, os que põe flores na minha tumba, os que a pisam ou que inclusivamente passam ao largo; e esperarei a minha vez,como quem vai ao talho.
Desde aqui, não sei se pela companhia, ou pelo ambiente da catedral, tudo se torna prosaico, desnecessário quase. Até mesmo a própria morte. Gostaria de chorar por mim, sentir pena ao ver-me deitada nesse ataúde de corpo presente, mas seria totalmente falso e não creio que pudesse abonar nada a meu favor. Suponho que o meu destino já está marcado, é apenas uma questão de alguém vir e dizer-me onde ir. Confiar, tudo o que não fiz na vida, nas instâncias ultraterrenas.
Já não posso mudar nada. O meu passado está escrito. Espero apenas que a leitura feita por que tem de decidir seja benigna.
É tudo.

CIFUENTES, Paula - Beatriz de Portugal, a filha bastarda de D. Pedro e D. Inês. Lisboa: Bertrand Editora, 2008.

Como seria se já houvesse ASAE em Londres de 1838?

A senhora Fortune fazia regularmente uma grande panela de ensopado, que ia acrescentando todas as noites. Quando os actores começavam a ficar doentes, então, deitava tudo fora e fazia outra nova.

EWING, Barbara - A Hipnotizadora. s/l.: Publicações Europa-América, 2008. pp. 22

Inimigos Públicos

Este vale a pena, nem que seja por esta:

Diferença entre ter peito e ter tomates

Ter peito
é chegar a casa tarde vindo da farra com os amigos ser recebido pela mulher com a vassoura na mão e ter peito de perguntar:
Ainda estás a limpar a casa ou vais voar?

Ter tomates
é chegar a casa tarde vindo da farra com os amigos, a cheirar a perfume barato e cerveja, baton no colarainho, dar uma palmada no rabo da mulher e dizer:
Tu és a próxima, gorducha!

Esta é toda para mim.
(Como se eu me chamasse Carolina)

Boas Férias

Não há dúvida que...

...se não for com convicção, é sem esperança;
sem esperança não há sonho;
sem sonho não há realidade.

Este Verão queres ser Baleia ou Sereia?

Este chegou-me por e-mail. Acho-o delicioso e decidi partilhá-lo:

Numa cidade de França, podia ser visto um cartaz, com uma jovem espectacular, na montra de um ginásio, dizia:
"ESTE VERÃO, QUERES SER SEREIA OU BALEIA?"

Dizem que uma mulher jovem-madura, cujas características físicas não interessam, respondeu à pergunta publicitária nestes termos:

"Estimados Senhores:
As baleias estão sempre rodeadas de amigos (golfinhos, leões-marinhos, humanos curiosos). Têm uma vida sexual muito activa, engravidam e têm baleiazinhas ternurentas, às quais amamentam.
Divertem-se à brava com os golfinhos, enchendo a barriga de camarões. Brincam e nadam, sulcando os mares, conhecendo lugares tão maravilhosos como a Patagónia, o mar de Barens ou os recifes de coral da Polinésia.
As baleias cantam muito bem e até gravam CD's. São impressionantes e praticamente não têm outros predadores além dos humanos. São queridas, defendidas e admiradas por quase toda a gente.

As sereias não existem. E, se existissem, fariam fila nas consultas dos psicanalistas, porque teriam um grave problema de personalidade, "mulher ou peixe?".
Não têm vida sexual, porque matam os homens que delas se aproximam, além disso, por onde? Por isso, também não têm filhos. São bonitas, é verdade, mas solitárias e tristes. Além disso, quem quereria aproximar-se de uma rapariga que cheira a peixaria?
Para mim está claro, quero ser baleia.

P.S.: Nesta época em que os meios de comunicação nos metem na cabeça a ideia de que apenas as magras são bonitas, prefiro desfrutar de um gelado com os meus filhos, de um bom jantar com um homem que me faça vibrar, de um café e bolos com os meus amigos.

Com o tempo ganhamos peso, porque ao acumular tanta informação na cabeça, quando já não cabe, espalha-se pelo resto do corpo, por isso não estamos gordas, somos tremendamente cultas. A partir de hoje, quando vir o meu rabo no espelhos, pensarei, Meu Deus, que inteligente que sou..."

Mais um pouco de publicidade

Estou doente

Estou com aquela doença que me faz sorrir o dia todo, sem razão, como os tolos.
Aquela maleita que nos faz tremer quando nos aproximamos, arder quando juntamos e (es)tontear quando, por fim, nos afastamos.
Eu quero provar o ar que tu tocas com os olhos; quero beber a água que cheiras sem medo de ensurdecer.
Sem medo, sei que vai doer quando acordar. Who cares? As you told me:
SEIZE THE MOMENT

Herói-Cantor

...és o comprimido que me faz sorrir.

Isto é Arte

Isto é uma fotografia artística,primeiro porque me apetece que seja, depois porque eu digo que é, em seguida porque os retratados se encontram no local destinado a um determinado objecto artístico em pleno espaço expositivo.
Podemos dizer que se trata dum ready-made performativo dadaísta. Porquê? Porque sim.
Mas para não me ficar só pela minha grandiosidade e prepotência, fui investigar.
Giulio Carlo Argan1 afirma que qualquer que seja a relação do objecto artístico com a realidade objectiva, uma forma (configuração visível) é sempre qualquer coisa dada a perceber, uma mensagem dada através da percepção. Ora, como se pode constatar, a mensagem na imagem é óbvia, eu sou esplendorosa, o Sérgio sempre é um homem alto e a Cláudia uma grande fotografa.
Argan diz ainda, que «uma obra é vista como obra de arte quando tem importância na historia da arte e contribuiu para a formação e desenvolvimento de uma cultura artística.» Mais uma vez, constato o óbvio, se o público não entende o que vê é porque está mal formado ou a obra não é para ser fruída. No caso do espaço onde foi feita a fotografia, tratava-se dum pardieiro com móveis Ikea/Moviflor (o que quiserem!). É neste contexto que surge esta manifestação artística de clara revolta contra a pseudo-arte por aí exibida.

1 ARGAN, Giulio Carlo, FAGIOLO, Maurizio - Guia de História da Arte. Lisboa: Editorial Estampa, 1994. pp. 14-19

Gripe A: a conspiração?

Quem me conhece sabe que sou muito céptica quando se trata de teorias da conspiração.
Geralmente, considero que são criadas para gerar intrigas e dúvidas entre a população.
Como este caso me parece credível, decidi divulgá-lo aqui no meu canto para que possam fazer o vosso juízo:

Certo dia, andava eu pelas ruas perdidas da nossa cidade, quando dei de caras com esta senhora à porta da sua casa a fumar um cigarro. Ela parecia tão feliz que tive mesmo de lhe perguntar qual era o seu segredo. A sua resposta foi a seguinte:
-Eu fumo 2 maços de cigarros por dia, antes de me deitar fumo um grande charro e meia garrafa de whisky, como fritos todos os dias e evito caminhar.
-Uau! - admirei eu - E que idade tem a senhora?
-Trinta e quatro anos.

Vending Machines

Nunca achei piada a este tipo de máquinas, sobretudo porque até há pouco tempo a maioria vendia bolos e sandes frias/geladas. Na faculdade havia uma com iogurtes. Com essa até simpatizava e os iogurtes sólidos tinham umas colherzinhas engraçadas.
Agora, esta vende livros! Esteve em exposição na Feira do Livro de Lisboa e (vá-se lá saber porquê!) não está presente na do Porto. Aguardamos que comecem a surgir, muito em breve, como cogumelos pelas estações de comboio, metro e aeroportos.

VOTA

Amanhã vais fazer a diferença.
O teu gesto conta.
Nem que seja em branco.
VOTA

Eu estava lá quando passaste do lado de fora para ser visto.
Olhei, vi-te, espantei, duvidei e quase sufoquei.
Passaste em slow motion, sorriste e acenaste-me.
Estavas feliz.
Eu, especada de espanto, senti o coração não bombear.
Contra o meu querer, abri os olhos; voltei o mais depressa que pude mas tu tinhas seguido.
Como o grilhão ainda me prende: boa viagem e até breve.

Aviso às jogadoras do French Kiss Game no site Miss Bimbo, em que o objectivo é beijar o maior número de rapazes giros no menor tempo possível:

French Kiss Game (Oooo errr!) warning: in real life it is not a good idea to kiss too many boys. They may turn into frogs!

A minha gata gosta de tremoços.

Coisas numa caixa. De nada servem. Não cheiram. Fotos encaixadas à pressa. Ainda por ver. Com medo de sentir. Não são coisa alguma. Não cheiram a ti.
Peço ao aprendiz que me faça um perfume teu. Para quê? Guardá-lo? Nah!
Cheirar, inalar, sorver, embriagar e viajar. Como só o presente o permitiu. Voar até à loucura do aconchego das tuas asas.
Quando a ceifeira chegar não esperes que eu não me atraso.

Uma Avé Maria aos peregrinos do culto mariano que hoje celebram a aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos em Fátima.

Nada a acrescentar

Interessante

Hoje de manhã, em plena Rotunda da Boavista, aconteceu-me uma coisa inédita.
Todos os dias somos bombardeados e enfardados de papel com publicidade mais ou menos interessante, jornais, vales de desconto...
Desta vez foi diferente. Estava um senhor, massagista de recuperação, a distribuir uns cartões que divulgavam o seu próprio trabalho.

Dolce Fare Niente

Eu sei que devia cobrar pela publicidade que faço aqui no blog mas não consigo resistir e guardar só para mim.
Este site é bastante criativo e tem muita piada.
Visitem o Augusto Boa Vida na sua Festa da Espuminha.

This is England

Um grande filme que vale mesmo a pena! Com uma excelente banda sonora mas incompleta... falta-lhe esta.

Revoução de Abril

Como todos sabemos, hoje comemora-se a Liberdade e a revolução que deu origem à sua celebração.
Também já todos conhecemos as vantagens desta revolução sem tiros mas que não deixou de ser violenta. É isto mesmo que quero partilhar: as desvantagens da Revolução dos Cravos.
Quando está tão na moda falar nas minorias, porque é que ainda ninguém se lembrou daqueles cujas vidas tiveram de mudar de forma tão radical?
Houve que tivesse de ser exilado devido à perseguição levada a cabo pelas alas mais radicais que tomaram o poder nos primeiros anos de democracia. Por não concordarem com as ideias dos extremistas, uns tiveram de se separar da família, os outros, os que puderam, levaram a família, deixando para trás tudo o que até então haviam conseguido construir.
Com a loucura da nacionalização e a "terra a quem a trabalha", algumas famílias perderam as suas casas, as suas terras, as suas fábricas e os seus bancos, por terem sido usurpados por preguiçosos e invejosos influenciados pelo fervor das ideologias do poder político de então.
Milhares de portugueses viram-se obrigados a fugir para um país que mal conheciam - alguns desconheciam-no de todo -, Portugal, perdendo a sua identidade cultural e deixando tudo para trás, por vezes até a família. Muitas mulheres separam-se dos maridos, muitos amigos perderam o contacto e muitas crianças foram entregues a familiares afastados. Enquanto os mais esperançados iam aguentando, por acreditarem que o fim da guerra era para breve.
Os que vieram, recomeçaram uma vida nova num país que os recebia com desconfiança e que os rotulava de "retornados".
Os que foram esperando por lá sobreviviam com senhas de racionamento que lhes dava direito a consumir exclusivamente ovos durante um mês, óleo no mês seguinte, açúcar depois, quando chegava a vez do arroz, já não havia ovos; carne e peixe, nem vê-los. Já para não falar nas perseguições raciais feitas aos brancos até à Independência e no risco de ver a casa pilhada, serem sequestrados ou levarem com umas balas acidentais pela parede de casa adentro.
Dada a inexistência de um processo de descolonização, as guerras civis no "Portugal de Além-Mar" duraram vários anos, décadas nalguns casos. Daí resultaram milhões de mortos, muita fome e uma grande de esperança.
Hoje, quantos de vós se sentem livres de dizer o que pensam, sem medo que vos despeçam ou vos encostem à prateleira, tal como acontecia à 35 anos atrás?

Como recordar é viver e esta música me traz boas recordações, decidi partilhar um bocadinho da minha vida (mas não se habituem).
...não, esta música não é sobre mim...

Susan Boyle - Britains Got Talent

Um exemplo que mostra que o hábito não faz o monge e que as aparências iludem ou, como diz a Maf - a quem roubei a ideia -, as iludências aparudem.
Aviso: Aconselha-se prudência na visualização deste vídeo pois corre-se o risco de ficar sem palavras por alguns segundos.

Biltre

Esta foi pouco divulgada. Pelo menos, não tanto como Mamapapa.
Repórter Estrábico: muito à frente no seu tempo.

Se eu fosse um livro, seria um livro em branco.
O que me vale é que não é por ser vazia de conteúdo mas cheia de surpresas, assim,... sei lá... como uma caixa de bombons.

momento
s. m.
1. Espaço pequeníssimo (mas indeterminado) de tempo.
2. Curta duração.
3. Lance, ocasião.
4. Ocasião oportuna.
5. Mecân. Produto de um braço de alavanca pelo peso que se lhe aplica perpendicularmente.
6. Produto de uma força por uma distância qualquer.
7. Produto da massa pela quantidade de movimento.
adj.
8. Que faz momices.

Há momentos em que a nossa vida muda para sempre.
De repente, estamos noutro lugar .
Isto acontece a todos nós, aos que vão, aos que foram e aos que estão.
Quando estamos, mudamos e quando vamos, também.
Como o meu sexto sentido não é tão apurado como gostaria, a saudade é o que nos resta, a ti e a mim.

saudade (a-u)
s. f.
1. Lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa de que nos vemos privados.
2. Pesar, mágoa que essa privação nos causa.
3. Bot. Suspiro (planta dipsacácea).
4. Nome dado no Brasil a várias plantas.
saudades
s. f. pl.
5. Lembranças; recordações; cumprimentos

A pobreza saiu à rua

Esta semana voltei a ver coisas que já não via desde criança.
Não são coisas bonitas mas é importante falar nelas.
Depois de ter visto duas pessoas de aparência "normal" a mexerem no caixote do lixo e uma outra a apanhar beatas do chão, percebi que a pobreza descarada saiu das paredes do lar e já anda na rua.
Claro que sempre houve pobres, daqueles que não têm o que comer durante vários dias, mas quase nunca reparámos neles porque se escondiam com vergonha.
Agora, o desespero deve ser tão grande que supera a vergonha de recolher lixo para viver.
Pessoas que, como nós, tinham uma vida relativamente estável e por algum motivo perderam a facilidade habitual de adquirir alimentos.
Sem estar a querer sensacionalista, resta-me lembrar que amanhã posso ser eu ou podes ser tu.

Homens da Luta, Parabéns, Pá!

Ontem, pá, os Homens da Luta, pá, Neto e Falâncio, esse grandes defensores dos direitos do povo, pá, ganharam o 1º Festival da Canção Alternativo, pá, com a canção E o Povo, Pá?.
Para a malta do Porto e arredores, pá, que queira ver estes grandes lutadores ao vivo, pá, podem contar com eles no dia 10 de Abril, pá, no Contagiarte.
A luta continua, pá!

Não há, na arte, nem passado nem futuro. A arte que não estiver no presente jamais será arte.

The World Without Weapons, 1962 - Pablo Picasso

Olá Primavera

É pena só durar três meses.


A Primavera - Sandro Botticelli, 1478
Têmpera s/ madeira, 205 x 315 cm
Galeria degli Uffizi - Florença

Enter Sandman

Para as crianças ficarem calminhas e aprenderem a rezar. A canção é conhecida, tentem acompanhá-la com a letra.

Say your prayers little one
Dont forget, my son
To include everyone

Tuck you in, warm within
Keep you free from sin
Till the sandman he comes

Sleep with one eye open
Gripping your pillow tight

Exit light
Enter night
Take my hand
Off to never never land

Somethings wrong, shut the light
Heavy thoughts tonight
And they arent of snow white

Dreams of war, dreams of liars
Dreams of dragons fire
And of things that will bite

Sleep with one eye open
Gripping your pillow tight

Exit light
Enter night
Take my hand
Off to never never land

Now I lay me down to sleep
Pray the lord my soul to keep
If I die before I wake
Pray the lord my soul to take

Hush little baby, dont say a word
And never mind that noise you heard
Its just the beast under your bed,
In your closet, in your head

Exit light
Enter night
Grain of sand

Exit light
Enter night
Take my hand
Were off to never never land

Boa noite, Sr Crepúsculo.

Bom dia, Sra. D. Aurora!

Batalha de Almofadas no Porto 2009

Mensagem ultra-secreta:
passem a palavra mas guardem segredo.

Para mais informações consultem os Invictados.

Porque às vezes faço o que me pedem

Ora, a Maf propôs que divulgasse 6 coisas sobre mim.
Trata-se de uma tarefa complexa, uma vez que sou uma pessoa completa, plena de faculdades, enfim: perfeita.
Bem, como ela pediu que escolhesse seis características, depois de muita reflexão e excluindo os pontos mais óbvios como a inteligência, saiu isto:

• vivo numa bolha;
• sou tão curiosa que a minha fase dos "porquês" permanece;
• falo comigo (não, não é sozinha, é com as pessoas que vivem na minha cabeça);
• não suporto que me façam perguntas sobre mim ou sobre a minha vida - das mais banais às mais sérias;
• já tive a minha quota de felicidade, a partir daqui tudo o que vier é lucro;
• mas como sou teimosa e muito ambiciosa quero mais e não desisto.
  

O que é isto!?

Às vezes fico confusa...
Não sei se fique surpreendida com a minha cultura musical, se fique pasmada com as coisas que se criam e que muita gente ouve.
Encontrei esta música no álbum 100% Ragga Reggaeton, uma compilação internacional deste estilo musical tão...peculiar.
Depois de uma breve procura neste vasto mundo que é a www, encontrei isto:

Chamem-me velha e antiquada mas há coisas que acho que não conseguiria perceber nem que tivesse (cof! cof!) 10 anos a menos. Deve ser por estar muito cá em cima!

Parabéns Barbie

Minha querida amiga de infância, já são 50 anos.
Ainda bem que o tempo não passa por ti.

O Portuga

Ao Pedro,

O portuga sofre. O portuga, até ser reconhecido como pessoa crescida - o que acontece por volta dos 40 anos -. é humilhado, enxovalhado, desprezado, e se for político é ofendido - as mais das vezes com razão.
Um puto bom numa área qualquer noutro país qualquer é um puto bom e dá-se-lhe asas para continuar a ser bom. Um puto portuga é achincalhado, desmoralizado até ao mais negro da depressão para que perceba que só aos 40 anos é que pode ser alguém - e isto se conseguir sair da valente depressão em que o metemos todos. «Era o que faltava, então eu amarguei até aos 40 e agora vem este badameco e quer tudo? Agora aguentas, como eu aguentei!»
Claro que o portuga também é de excessos. Portanto o puto portuga se puder cilindrar o colega do lado cilindra. O puto portuga agora acha que mais de 30 anos é tudo cota, e a experiência é coisa de velhos, fora de moda.

GOMES, José Pedro - O País dos Jeitosos. Lisboa: Ulisseia, 2006. ISBN 9789725685488

Lembram-se:

Quando os supermercados eram raros?
Quando o Continente da Senhora da Hora era o único hipermercado no norte do país?
Quando tínhamos de ir à loja da D. Glória ou da D. Hilda comprar batatas?
Quando nos arrastavam da cama para irmos comprar o pão? Que custava 5$00? No saco de pano?
Então, aqui vai uma canção desse tempo.

Isto começa a ser grave

Já não bastava que os assessores dos vários ministérios pedissem o alinhamento e conteúdo dos diversos noticiários para poderem, mais facilmente contornar/controlar as questões abordas.
No final da semana passada, um carro alegórico foi proibido de mostrar as imagens acessíveis pelo computador que todas as crianças (? - a 150€ o pc, tenho dificuldade em quantificar "todas as crianças") possuirão num futuro próximo (?). Essas imagens, pela nudez exibida, foram consideradas pornográficas e desestabilizadoras da ordem pública e como tal não poderiam ser mostradas num desfile de Carnaval.
Ontem, a PSP apreendeu os cinco exemplares da obra Pornocracia na Feira do Livro de Braga. A apreensão deveu-se ao facto de a capa reproduzir a Origem do Mundo, da autoria de um grande mestre do realismo do século XIX, Gustave Courbet.
O mais curioso, é que não foi por questões relacionadas com direitos de autor mas pelo conteúdo da imagem que podia "alterar a ordem pública"!
Quer me parecer que os senhores confiscaram os livros para poderem colar as páginas umas às outras, já que no auto confundiram o título - aquelas letras grandes da capa -, renomeando a obra como "Pornografia".
Além da óbvia censura, estes dois últimos exemplos remetem-me para uma questão que mostra os limites intelectuais e culturais de quem toma decisões importantes. É, aliás, uma questão de falta de conhecimento que se estende à sociedade em geral.
Não sou especialista em linguística mas basta uma espreitadela naquele livro com muitas palavras que está a apanhar pó na estante da sala e que serve para as visitas acharem que somos muito cultos (Ah, sim, acho que é o dicionário!) para esclarecer as diferenças entre realismo, erotismo e pornografia.
(Definições em Priberam Informática - Língua Portuguesa On-Line)

realismo
do real
s.m.,

qualidade ou estado do que é real;

atitude ou posição de quem se prende ou se conforma ao real;

doutrina que afirma a existência da realidade independentemente do conhecimento que sobre ela se pode ter;

movimento literário que, em meados do séc. XIX, surgiu como uma reacção ao romantismo, ou seja, aos excessos de lirismo e de imaginação, e que sofreu influência do desenvolvimento das ciências biológicas, do positivismo e do determinismo;

sistema político em que o chefe de Estado é um rei.

erotismo
s. m.,

amor sensual, lúbrico;

amor físico, prazer e desejo sexual distintos da procriação;

exaltação de tudo o que é referente ao desejo sexual;

paixão amorosa.

pornografia
do Gr. pórne, prostituta + gráphein, descrever
s. f.,

representação (por escritos, desenhos, pinturas, filmes ou fotografias) de cenas ou objectos obscenos destinados a serem apresentados a um público;

colecção de pinturas ou gravuras obscenas;

carácter obsceno de uma publicação;

devassidão.

L'origine du Monde - Gustave Courbet, 1866
Óleo s/ tela
46X55
Musée D'Orsey, Paris

GNR - Piloto Automático

Esta é viciante.
Não me sai da cabeça.
Tenho de a partilhar.
Não preciso escrever a letra, pois não?
Cliquem no título...

Palminhas para mim

Hoje estou de parabéns: pela primeira vez, depois de inúmeras tentativas, consegui fazer 20 minutos na elíptica sem parar e sem açúcar!

A propósito, lembram-se?

Comunicado

Torna-se oficial que a minha bolha (sim, eu tenho uma!) tem um novo revestimento.
Trata-se de um material com imensa plasticidade e muito atractivo.
Tem, no entanto, uma característica inovadora: permite que trepem até certo ponto para depois a queda do intruso ser ainda mais estrondosa que o habitual.
Além de tornar as relações humanas e sociais ainda mais seguras, esta matéria permite o apuramento de um certo requinte de malvadez e o desenvolvimento do humor negro, elementos tão característicos da minha existência.
Os testes de eficácia e resistência já foram efectuados de acordo com todas as normas comunitárias e as demais por mim impostas.

Puxando a brasa à minha sardinha:

Art is science made clear.

Jean Cocteau

I'm a nerd

Que eu sou inteligente já se sabe mas resolvi fazê-lo só para chatear.
Bite me I'm a nerd, specialized in History and Literature.

Frost/Nixon

Falando em lixo hollywoodesco, está em exibição uma das poucas excepções que confirmam a regra: Frost/Nixon.
Filme excepcional e com um certo humor...ou não estivéssemos a falar de Richard Nixon.
Vou passar a cobrar pela publicidade que aqui faço.

Historia de un letrero

A história é conhecida, o realizador argentino, Alonso Alvarez Barredo, que a transformou na curta-metragem vencedora do Festival de Cannes 2008 foi acusado de plágio.
No entanto, este vídeo não deixa de estar muito bem conseguido, aos olhos de uma mera consumidora compulsiva de cinema e, sobretudo, quando comparado com o lixo que Hollywood nos impinge todas as semanas.
Além de tudo, mostra como a mudança do ponto de vista nos pode mudar a vida.

Um bocadinho de publicidade gratuita

O blog da marca conhecida pelas t-shirts diferentes e muito engraçadas tem uma secção de morrer a rir: Coisas que não sabes sobre.
Foi assim que fiquei a saber que a Lambada é dança preferida de Manuela Ferreira Leite, as renas do Pai Natal quando morrem são vendidas ao McDonalds’s e Cavaco Silva gostava de fechar uma das varandas do Palácio de Belém para fazer uma marquise que seria o seu canto de leitura de Inverno.

Para quem não conhece o Cão Azul, aqui vai uma amostra:

ASCROMoLiBambi - Associação Social Cultural e Recreativa Originada pelo Movivento de Libertação do Bambi - Bambieira (Cerveira) 2007

Todos gostamos do Bambi. Todos queremos o Bambi livre de perigo. Mas o puto adora o risco e farta-se de merdar.
Em 2007, surgiu a ASCROMoLiBambi, criada por alguns dos voluntários da Bienal de Cerveira. Ao contrário das inúmeras fundações que são criadas neste país, esta associação não é mais uma forma de contornar a carga fiscal até porque a participação é livre de qualquer tributo pecuniário. A ASCROMoLiBambi visa lutar pela libertação do Bambi que se farta de fazer asneiras nas barbas dos soldados da Guarda que têm o direito ao descanço, mesmo nas horas mais tardias do expediante.
Os elementos de apoio à ASCROMoLiBambi reuniam-se todas as noites para discutir o rumo que a manifestação de cada noite iria tomar e seguir os conselhos sábios e baratos (1,50€) do Sr. Martini no Miró.
Toda esta agonia surgiu quando recebemos a notícia por telegrama musicado numa das noites de animação da Bienal.
Lutamos pelo Bambi.
Free Bambi.
Este ano haverá mais.
E que bate palmas é do Bambi, é do Bambi, é do Bambiiii...(outra vez...e até ficar sem voz!)

Let it rain

Ontem a Ângela dedicou-me um fado. Não, não foi pelo Sr. Paulo Jorge da Rádio Festival, foi pelo Messenger. Não há nada como uma modernice para um género musical tão tradicional.
Ela diz que o poema a faz lembrar-se de mim.
Com a minha mania de contrariar, lá lhe disse que a música é triste mas duh! é fado e em sinal de agradecimento hoje dedico-o a ela.

Discobitch - C'est beau la bourgeoisie

A música mais pimba do momento que não me sai da caeça por ser extremamente divertida e pirosa. O pior: eu gosto!

Hoje estou totalmente proibida de falar com pessoas porque me provocam uma estranha reacção alérgica capaz de ferir os espíritos mais sensíveis e de discurso menos articulado.

É bom poder recordar-te, finalmente, sem muita tristeza e ficar feliz pela tua passagem, em vez de me concentrar no final dela.

De Álbum geral

Obrigada amiguinhos

Este fim-de-semana foi muito divertido mesmo sem luz e muita água.
O primeiro jantar foi à luz das velas e preparado à lanterna. Coitadinhos dos chocos e das lulas, devem ter pensado que estavam de volta ao fundo do mar.
Foi uma breve estadia no Gerês que me levou a andar sem maquilhagem e sem peneiras. (Abram a boca de espanto!) Mas o perfume não podia falhar. Apesar de não ter feito falta pois parecia que estávamos num fumeiro. É que tanta água, benzina, diluente e gasóleo, fizeram muito nevoeiro...parecia que a chaminé lá estava só mesmo para suportar a máscara africana comprada na festinha ao orago lá da terra. Mas bonito mesmo, era o quadro com flores em porcelana em relevo por cima da cabeceira da minha cama.
O rio Caldo nunca mais será o mesmo depois dos testículos do senhor espanhol vistos de trás. (In)felizmente não há registos que validem esta afirmação.
Apesar dá água, da escuridão inicial, do frio e do fumo, gente interessante sabe sempre como se divertir, nem que seja com açúcar ou piri-piri. E como nos divertimos!!!
Claro que há registos fotográficos!
ALGUMAS IMAGENS PODEM FERIR OS OLHOS, O PRECONCEITO E A MEMÓRIA. PODEM MESMO ALTERAR VIDAS DE FORMA DRAMÁTICA.

Porque chamas sempre quem não te chama?
E porque não chamas quem te espera?
Oh, para quando a tua chegada?
Segue-se o suspiro do absurdo
por saber que mesmo que aqui passes
porque te chamo, cravarei as unhas
na Vida!

Se spari, niente sesso

Li numa revista semanal que as senhoras napolitanas prometeram fazer greve de sexo aos companheiros que insistissem em festejar o Ano Novo com fogo de artifício.
Então, cheia de preconceito (assumo!), pensei o que a maioria terá pensado "Italiano que é italiano, ficou quietinho e obedeceu".
Nah! Apesar da ameaça de greve, houve um morto e 382 feridos.
Nasceu, então, em mim, bem no seio da minha consciência mediterrânica, questões preocupantes: O que é feito do amante latino? Do italiano que blá blá blá?
Será mesmo só blá blá blá? Parece que sim.
Será que, à semelhança dos britânicos, os italianos (quiçá, todo um suposto amante latino) também trocariam três semanas de sexo por um LCD?

Letter F

Amiguinhos que se queixam da minha linguagem brejeira fiquem sabendo que um dos meus ídolos de infância podia ter tido muita influência nesta minha tendência natural:

Receita para uma noite assim

Continuo numa de receitas.
Hoje malta juntou-se depois da recuperação da constipação colectiva. Porque os amigos partilham tudo, até constipações. (Correcção: quase tudo, não se emprestam carros nem mulheres.)
Depois de terem posto o alarme de incêndio do meu prédio a tocar às 2h na noite da Passagem de Ano, hoje besuntaram a porta do prédio com sebo e baba.
Mas não foi isto que me trouxe aqui. Vim exemplificar como se passa uma noite divertida:


não tinha tão bom aspecto como esta, mas devia estar bem mais saborosa;









ficou sem orelhas, língua e nariz, o resto é para comer amanhã;








ainda bem que não seguiram o meu conselho e jogamos com o dinheiro que vem na caixinha.